quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um pouco da História dos Gêneros Musicais !



          - Reggae

A mudança do rocksteady para o reggae foi ilustrada pelo shuffle de órgão cujo pioneiro foi Bunny Lee, destaque nos singles de transição entre os dois gêneros, "Say What You're Saying" (1967), de Clancy Eccles, e "People Funny Boy" (1968), de Lee "Scratch" Perry. A faixa de 1967 dos Pioneers, "Long Shot Bus' Me Bet", já foi identificada como o exemplo mais antigo do novo ritmo que ficaria conhecido como reggae. No início de 1968 as primeiras gravações de reggae foram feitas: "Nanny Goat", de Larry Marshall, e "No More Heartaches", dos Beltones. O hit de 1968 "Hold Me Tight", do artista americano Johnny Nash, recebeu o crédito de ter colocado o reggae pela primeira vez nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. O reggae começou a aparecer também no rock; um exemplo de canção do gênero que tinha uma levada de reggae foi "Ob-La-Di , Ob-La-Da", dos Beatles, de 1968 .
Entre outros artistas de reggae que gozaram de um destaque internacional no início da década de 1980 estão Third World, Black Uhuru e Sugar Minott. Os Prêmios Grammy introduziram a categoria de melhor álbum de reggae em 1985.

- Rock

Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e no rockabilly que emergiu e se definiu nos Estados Unidos da América no final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, que evoluiu do blues, da música country e do rhythm and blues, entre outras influências musicais que ainda incluem o folk, o gospel, o jazz e a música clássica. Todas estas influências combinadas em uma simples estrutura musical baseada no blues que era "rápida, dançável e pegajosa".
No final dos década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros. Quando foi misturado com a folk music ou com o blues ou com o jazz, nasceram o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock respectivamente. Na década de 1970, o rock incorporou influências de gêneros como a soul music, o funk e de diversos ritmos de países latino-americanos. Ainda naquela década, o rock gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo.

- Samba

Existem várias versões acerca do nascimento do termo "samba". Uma delas afirma ser originário do termo "Zambra" ou "Zamba", oriundo da língua árabe, tendo nascido mais precisamente quando da invasão dos mouros à Península Ibéricano século VIII. Uma ultra diz que é originário de um das muitas línguas africanas, possivelmente do quimbundo, onde "sam" significa "dar", e "ba" "receber" ou "coisa que cai". Ainda há uma versão que diz que a palavra samba vem de outra palavra africana, semba, que significa umbigada.
No Brasil, acredita-se que o termo "samba" foi uma corruptela de "semba" (umbigada), palavra de origem africana - possivelmente oriunda de Angola ou Congo, de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.

- Samba Reggae (axé music)

Samba-reggae é um gênero musical nascido no estado da Bahia.
O samba-reggae, nasceu da difusão do Samba Duro (uma variante do Samba de Roda )com o Reggae e o Funk apresentando dois tambores, um pandeiro, um atabaque, uma guitarra ou viola eletrônica no lugar do cavaquinho e instrumentos da música latina, com forte influências do Merengue, da Salsa e de candomblé.
O samba-reggae surgiu entre 1998 e 2000 na Bahia a partir de manifestações musicais de Margareth Menezes e Daniela Mercury, cantoras famosas de Axé Music e da antiga mistura entre olodum e reggae, que não foi muito para frente, além do Terra Samba. Entre 2002 e 2003 músicos como o Armandinho e o grupo Só Pra Contrariar lançaram seus CDs que continham Samba Reggae.

- Soul e Rhythm and Blues

Soul é um gênero musical dos Estados Unidos da América que nasceu do rhythm and blues e do gospel durante o final da década de 1950 e início da década de 1960 entre os negros .Durante a mesma época, o termo soul já era usado nos EUA como um adjetivo usado em referência ao afro-americano, como em "soul food" ("comida de negro"). Esse uso apareceu justamente numa época de vários movimentos de liberalismo social, tanto com a revolução dos jovens com o uso das drogas, como os movimentos anti-guerra e anti-racial. Por consequência, a "música soul" nada mais era que uma referência a música dos negros, independente de gênero  .
Durante a década de 1960, surgiu até o programa de televisão estadunidense Soul Train, que apresentava os sucessos das canções dos negros daquele país, independente do gênero do sucesso musical. Ainda no rhythm and blues, a popular dupla Sam & Dave escreveram um sucesso que ressurgiu mais tarde no filme Blues Brothers, no qual interpretam a canção "Soul Man". Sua letra cita "(...) eu sou um homem negro.

- Pop

  Música pop (Abreviatura da palavra Popular) é um gênero musical que não apresenta um ritmo específico, mas um sistema de valores que envolve espetáculo no palco, moda visual e empatia entre o público juvenil. É um tipo de música que alcança um alto número de vendas e/ou execuções. A música pop tem como marca a apreciação por parte de todo tipo de público. Os artistas que se dedicam a compor canções no estilo pop têm como principal objetivo a sua audiência e o seu sucesso comercial, muitas vezes cantando em diversos gêneros musicais.

Um pouco da História dos Gêneros Musicais ²

- Blues

O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

- Funk

Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um ritmo mais suave. Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs) e principalmente dançante.
Funk era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a “apimentar” mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!” (algo como “coloque mais ‘funk’ nisso!”).
Num jazz de Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia. Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando “funk” e “funky” eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas.
A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues.
Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se.
O funk se torna assim uma fusão do soul, do jazz e do R&B.

- Hip Hop

O hip-hop emergiu em meados da década de 1970 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. As gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas,devendo segui-las rigidamente.
As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.

- Jazz

Por volta de 1808 o tráfico de escravos no Atlântico trouxe aproximadamente meio milhão de africanos aos Estados Unidos, em grande quantidade para os estados do sul. Grande parte dos escravos vieram do oeste da África e trouxeram fortes tradições da música tribal. Em 1774 um visitante os descreveu, dançando ao som do banjo de 4 cordas e cantando "a música maluca", satirizando a maneira com que eram tratados. Uma década mais tarde Thomas Jefferson similarmente notou "o banjar, que foi trazido da distante África". Foi feita de cabaça, como a bânia senegalesa ou como a akonting do Oeste da África. Festas de abundância com danças africanas, ao som de tambores, eram organizadas aos domingos em Place Congo Nova Orleães, até 1843, sendo como uma festa similar em Nova Orleães e Nova Iorque.
Outra influência veio dos negros que frequentavam as igrejas. Eles aprenderam o estilo harmônico dos hinos e os adaptavam em spirituals. As origens do blues não estão registradas em documentos, entretanto, elas podem ser vistas como contemporâneas dos negro spirituals. Paul Oliver chamou a atenção à similaridade dos instrumentos, música e função social dos griots da savana do oeste africano, sob influência Islâmica. Ele notou estudos mostrando a complexidade rítmica da orquestra de tambores da costa da floresta temperada, que sobreviveram relativamente intacta no Haiti e outras partes do oeste das Índias mas não era farta nos Estados Unidos. Ele sugeriu que a música de cordas do interior sudanês se adaptou melhor com a música popular e baladas narrativas, dos ingleses e dos donos de escravos scots-irish e influenciaram tanto o jazz como o blues.

- MPB

A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.
A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

- Soul e Rhythm and Blues

• Alicia Keys


Alicia Keys nasceu em Nova Iorque em 25 de Janeiro de 1981. Desde a sua infância ela mais cedo banhados na cultura alma. Ela começou a cantar na igreja e estudar piano clássico durante seis anos a oito anos. Mais tarde ela em Manhattan's Professional Performance Arts School, onde ela adquire uma impressionante técnica vocal. Em quinze, ela conheceu um gerente chamado Jeff Robinson, um súbito e roliço homem vestindo óculos de luxo que faria Biggie bonita. O homem é inteligente. Ele não quer que seu protegido fazer uma carreira tão rápido como um flash na panela.
Após muita cantoria na cena local, Alicia é abordado em 1998 pela Arista, que assinou um contrato. É fazer esse trabalho, escrever e compor canções, algumas das quais datada de volta para ela adolescentes. Clive Davis, o produtor que trabalhou com ela, em seguida, monta o seu próprio rótulo J Records e Alicia seguinte. Em 2001, seu primeiro álbum é liberada sob o nome de Songs in A Mirror.
A primeira semana, são vendidas 236 000 cópias, o que é grande o suficiente para um novo álbum. Mas a segunda semana, palavra de boca ea exposição televisiva é tão intensa que armazena 450 discos têm 000 cópias solicitadas ... O começo da glória ...
Dois anos mais tarde, depois de ter encantado todo o mundo pouco de R & B e De La Soul, Alicia Keys volta com um segundo álbum "The Diary of Alicia Keys", lançado no Outono de 2003 e goza de excelentes comentários. Alicia, em 2004 escreveu um livro ( "Lágrimas de Água: Songbook de Poemas e Letras") que contenham, como o seu título indica, as palavras e ela escreveu poemas. Foi preciso esperar até 2007 para ter o prazer de ouvir novamente a Rainha De La Soul com o seu novo álbum "No I Am", como ela descreveu a reunião entre Janis Joplin e Aretha Flanklin, enquanto um programa e para a verdadeira felicidade orelhas.

- Samba Reggae (axé music)

• Araketu
 
Famoso no Brasil e no exterior por conjugar o suingue da música afro-pop-baiana com a cadência das baladas românticas, o grupo Ara Ketu surgiu em 1989. Sua origem é o homônimo bloco afro-baiano, criado na virada de 1979 para 1980 em Salvador (BA) na comunidade de Periperi. Antes de originar a banda, o bloco chegou a lançar dois discos, Ara Ketu (1987) e Contos de Beni (1988).

Foi a partir de 1989, com o surgimento do grupo, que o Ara Ketu passou a tocar com sua formação mais completa, que, extrapolando o arsenal percussivo, atualmente inclui Tatau (voz), Zeu Góes (baixo), Raimundo Bentes (sax), Alexandre Cortes (teclado), Birro Pacheco (guitarras), Gil Resende (bateria) e Marão (percussão).

Curiosamente, antes de fazer sucesso em todo o Brasil, o grupo conquistou a Inglaterra, onde gravou em 1992 o álbum Ara Ketu, inédito no mercado nacional e distribuído somente na Europa. De volta ao Brasil, a banda lançou em 1993 o disco Ara ketu de Periperi. Mas o estouro viria somente no ano seguinte, 1994, quando o Ara Ketu assinou contrato com a Sony Music (atual Sony BMG) e lançou o álbum Ara Ketu Bom Demais. A faixa-título explodiu em todo o Brasil, projetou o vocalista Tatau e deu vários prêmios ao grupo. O CD ultrapassou as 200 mil cópias vendidas.

Seguiram-se álbuns bem-sucedidos como Ara Ketu Dez (1995), Dividindo Alegria (1996, com a participação de Djavan na faixa "Ara Amor") e Pra Lá de Bom (1997). Até que, em 1998, o grupo viveu um momento de glória com o lançamento do CD Ao Vivo. O samba "Mal-Acostumado", que era originalmente um forró, virou megahit nacional e fez o disco do Ara Ketu ultrapassar o milhão de cópias vendidas, o que garantiu ao grupo seu primeiro Disco de Diamante pela vendagem excepcional.

Em 1999, ainda no embalo da explosão de "Mal-Acostumado" , o grupo lançou outro disco ao vivo, Ara Ketu e o Povo ao Vivo de Novo. Naquela altura, o público brasileiro já tinha aprovado a mistura do grupo, que integrava no repertório ritmos afro-baianos, pagode e canções românticas como o hit "Amantes". Tudo arranjado com um mix incendiário de percussão, guitarras e samplers.

A discografia do grupo continuou a ser construída com regularidade anual, incluindo os álbuns Vida (2000), Ara Ketu (2001), Ensaio do Ara Ketu (2002), Obrigado a Você (2003) e Ara Ketu (2004). Uma trajetória vitoriosa de músicos que nunca esqueceram a comunidade de Periperi, em Salvador (BA), base e origem do grupo mais querido da Bahia.

- Samba

• Paulinho da Viola
Nascido no dia 12 de novembro de 1942, Paulinho da Viola cresceu em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde desde a infância conviveu com a música. Filho de Benedicto Cesar Faria, violonista do grupo de choro Época de Ouro e funcionário da Justiça Federal, Paulinho acompanhou e presenciou grande parte da carreira musical do pai, incluindo as reuniões realizadas em sua própria casa, onde músicos de grande reconhecimento como Jacob do Bandolim e Pixinguinha costumavam passar o tempo tocando e compondo.
Foi assim, no meio de pessoas ilustres, que Paulinho da Viola aprendeu seus primeiros acordes no violão.
Quando jovem, freqüentou diversos blocos carnavalescos ao visitar sua tia Trindade, no subúrbio do Rio. Tal fato influenciou sua formação como sambista, e mais tarde, Paulinho e seus amigos acabaram criando o bloco Foliões da Rua Anália Franco.
Os foliões foram convidados mais tarde a integrar a escola de samba União de Jacarepaguá, onde Paulinho da Viola apresentou o samba “Pode ser Ilusão”.
Aos 19 anos, Paulinho começa a trabalhar em uma agência bancária, local que firmou seu contato com o poeta Hermínio Bello de Carvalho. Ao avistar Hermínio na agência, não hesitou e puxou assunto, descobrindo já o conhecer vista, quando ambos freqüentavam a casa de Jacob em suas reuniões de choro. O poeta o convida para comparecer em seu apartamento, onde teve seu primeiro contato, através de gravações, com a música de compositores como Elton Medeiros, Cartola, Nelson do Cavaquinho e Zé Ketti.
Da parceria com Hermínio surgiram duas obras, Duvide-o-dó e Valsa da Solidão, a primeira gravada por Isaurinha Garcia e a outra por Elizete Cardoso.
Através de Hermínio, Paulinho da Viola passa a freqüentar o restaurante do sambista Cartola e de sua mulher, o Zicartola. Lá Paulinho passa a se apresentar, tocando músicas suas e de outros compositores. Neste momento, Paulinho da Viola começa a encarar a música com âmbito profissional.
Com Zé Ketti, Oscar Bigode, Anescar do Salgueiro, Nelson Sargento, Elton Medeiros e Jair do Cavaquinho, Paulinho da Viola forma o grupo A Voz do Morro, e em 1965, o diretor musical da Musidisc, Luís Bittencourt, grava o primeiro disco do grupo: Roda de Samba. No mesmo ano, devido ao sucesso, o grupo gravou Roda de Samba volume 2, e no ano seguinte Conjunto A Voz do Morro – Os Sambistas.
Na ala dos compositores da Portela, cantou o samba “Recado”, música que o integrou definitivamente ao conjunto. Em 1966, apresentou o samba enredo “Memórias de um Sargento de Milícias”, que garantiu a nota máxima dos jurados, e a vitória da escola naquele ano.
Neste meio tempo, gravou também o musical Rosa de Ouro, que rendeu 2 discos e lançou Clementina de Jesus no cenário musical.
Pela gravadora RGE, lançou o disco Na Madrugada, em parceria com Elton Medeiros, em 1966. No mesmo ano ficou em terceiro lugar no festival de música brasileira da TV Record com a música “Canção para Maria”.
Em 1968 lança seu primeiro disco solo, pela gravadora Odeon, e em 1969 vence o festival da TV Record com “Sinal Fechado”. Ganha primeiro lugar na Feira de MPB da TV Tupi com a música “Nada de Novo”, e na mesma época lança “Foi um Rio Que Passou em Minha Vida”, obra de grande repercussão em sua carreira.
Após a gravação do disco Prisma Luminoso, Paulinho da Viola, já consagrado como músico-compositor, dá um tempo às gravações. Surge na época um novo mercado musical, o Rock Brasileiro, onde as gravadoras começaram a investir seu capital, e ainda, uma vertente do samba, o Pagode, que começou a ganhar cada vez mais espaço nas rádios. Paulinho, desmotivado a se moldar à nova tendência, acaba reduzindo o ritmo de suas gravações.
Tal atitude contribuiu para que os discos posteriores pudessem ser ainda mais bem trabalhados. Em 1989, com o lançamento do disco Eu Canto Samba, ganhou quatro troféus do prêmio Sharp.
Em 1996, grava Bebadosamba, um dos discos mais aclamados de sua carreira, sendo recordista do prêmio Sharp em 1997. Devido ao sucesso, gravou mais dois discos ao vivo: Bebadachama e Sinal aberto, o último em parceria com Toquinho.
Em 2003, lançou o CD Meu Tempo é Hoje, que inclusive rendeu um documentário com o mesmo nome, sob direção de Izabel Jaguaribe.

- Rock

• Jimi Hendrix


Jimi Hendrix não foi um músico excepcional no sentido exato da palavra. Autodidata e canhoto, tocava de maneira completamente estranha uma guitarra Fender Stratocaster para destros, com as cordas invertidas. Revolucionou a maneira de tocar guiatarra, desenvolvendo o uso da alavanca e principalmente dos pedais conhecidos como wha-wha. Mais do que isso colocou a figura do guitarrista como principal personagem nas bandas de rock. Seus solos e riffs foram uma das principais raízes para o nascimento do heavy metal.
Johnny Allen Hendrix nasceu em Seattle, Washington, em 1942. O seu nome foi posteriormente alterado pelo pai ainda durante a infância para James Marshall Hendrix. Aos 16 anos começou a tocar violão, participando de um grupo chamado Velvetones. Aos 17 ganhou do pai uma guitarra elétrica e entrou para o grupo Rocking Kings que mais tarde mudaria de nome para Thomas & The Tomcats. Jimi resolveu abandonar a escola e entrar para um batalhão de paraquedismo do exército, de onde foi logo desligado em virtude de uma fratura no joelho. Sem a escola e não podendo mais seguir carreira no exército decidiu se dedicar exclusivamente à música, tocando em bares e clubes com o amigo Billy Cox em uma banda chamada King Kasuals. Em 1963 Mudaram-se para New York, onde atuou também como músicos de estúdio, gravando e tocando com os Isley Brothers, Jackie Wilson e Sam Cooke.
Em 1965, em uma de tantas apresentações ao vivo como acompanhante de bandas diversas, Jimi chamou a atenção de Little Richard, grande astro e pioneiro do rock and roll dos anos 50. Apesar da excelente recepção por parte do público e da boa química surgida entre o vocalista e guitarrista, o ego imenso de Little Richard não permitiria que um guitarrista talentoso ofuscasse a sua presença no palco. Com a desculpa de que Hendrix havia perdido o ônibus da banda após um show em Nova York, Little Richard o demitiu, felizmente não antes que alguns dos shows houvessem sido devidamente registrados.
Devido à excelente repercussão de suas performances com Little Richard Jimi consegue um contrato de dois anos com a gravadora Columbia. Rapidamente deixa de ser figurante e monta sua própria banda, Jimmy James and The Blue Flames. O jovem guitarrista canhoto chama a atenção não apenas pelos solos imprevisíveis e de estilo inédito até a época, mas também pela extrema habilidade em tocar a guitarra com os dentes ou nas costas.
Chas Chandler, baixista do grupo The Animals, ouve a banda e se impressiona, pede a Jimi para ser seu empresário e passa a divulgar a banda na Inglaterra. A única condição de Hendrix foi a de que, chegando a Londres, fosse apresentado a Eric Clapton, no que foi prontamente atendido por Chandler. A admiração entre Hendrix e Clapton foi mútua, apesar dos estilos diferentes. Mitch Mitchell é chamado para ser o baterista da banda, rebatizada de The Jimi Hendrix Experience. Logo gravam três singles, Hey Joe, Purple Haze e The Wind Cries Mary, seguidos de extensa divulgação em rádios e tvs inglesas. Em abril de 1967 sai o seu primeiro LP, Are You Experienced, um clássico do rock de todos os tempo. Após uma turnê como banda de apoio na Europa fazem sua estréia na America no Monterey Pop Festival na California, logo após seguindo em turnê americana como banda de abertura dos Monkees.
Ainda em 1967 sai o segundo álbum, Axis: Bold as Love, logo seguido por Electric Ladyland (em janeiro de 1968) que continha o hit All Along the Watchtower de Bob Dylan. Segue-se uma fase de muitas participações de Hendrix como músico ou compositor em discos de artistas diversos. A banda Experience é desfeita e Hendrix monta uma nova banda com Mitch Mitchell, Billy Cox, o segundo guitarrista Larry Lee e os percursionistas Juma Sultan e Jerry Velez. O novo nome da banda é Gypsy Sons. Logo Mitch Mitchell seria substituído por Buddy Miles e a banda mudaria de nome para Band of Gypsys.
Em 1970 a banda Experience seria reformulada e lançariam The First Rays of the New Rising Sun, logo depois mudando novamente de nome para Cry Of Love.
Em 18 de setembro de 1970 Jimi Hendrix entrou em coma em um quarto de hotel de Londres, sozinho, sendo encontrado desacordado por uma equipe de paramédicos. A caminho do hospital foi constatada a sua morte em virtude de sufocamento por seu próprio vômito. Existem muitas controvérsias sobre a real causa da morte, mas provavelmente Hendrix sofreu uma overdose de pílulas tranquilizantes.

- Reggae

• Bob Marley


Bob Marley nasceu em 6 de Fevereiro de 1945 em Saint Ann (Jamaica) jamaicano uma mãe e um pai Inglês um capitão da Marinha que ele nunca tinha conhecido. Ele cresceu pobres do gueto de Trenchtown para Kingston onde conheceu outros jovens atraídos pela música. Em 1961, gravou seu primeiro título, que não pode encontrar sucesso, mas Bob continua a investir na música. Em 1964 ele fundou com o Peter Tosh e Bunny Wailer, o grupo passa a ser conhecida mais tarde como "The Wailers". O grupo assina um contrato com uma produção casa e começa a produzir peças interessantes, mas Bob, em busca de espiritualidade rompe a dinâmica do grupo em 1966 por se casar e, em seguida, começar a trabalhar nos Estados Unidos, onde ele tirou cursos em teologia. Em 1968, sentindo-se finalmente pronto, ele está de volta em casa e começa a fazer um nome em especial através dos seus textos engajados em questões como a paz, unidade, justiça social, a pobreza, a história da África, etc O grupo assinou com a ilha rótulo e lançou seu primeiro álbuns, no início dos anos 70s. Rapidamente, o Bob, o principal compositor do grupo destaca-se e em 1974 ele gravado seu primeiro disco solo "Natty Dread" e, embora o álbum ainda menciona os Wailers, temos de reconhecer que a formação tem mudado dramaticamente com especial a saída de Tosh e Wailer. O sucesso é mais uma vez para ir e partir desse momento que Bob deixou sozinho. Álbuns seguidos ( "Rastaman Vibration", "Exodus", "Kaya", etc.) Eo sucesso não pode ser negada. Mas, em 1978, Bob Marley descobre que ele está sofrendo de câncer. Ele irá arrastar para a sua doença três anos sem muita preocupação, e continua a desempenhar em concertos e gravação de valores mobiliários nos seus dois últimos álbuns "Sobrevivência" e "Uprising". Quanto a este último faixas como "Forever Loving Jah" e "Redemption Song" são canções de Bob despedida para o público. Este é o 11. De maio de 1981 que Bob Marley morreu em Miami, mas sua história não termina com a sua morte, porque o seu trabalho ainda é pertinente e Bob Marley é ainda a norma portador do reggae .

- Pop

• Michael Jackson



O rei do pop, Michael Joe Jackson, além de cantor, compositor e dançarino, também ficou conhecido por suas excentricidades. O cantor entrou para a carreira artística aos 5 anos de idade. Seu pai, Joseph Jackson, trabalhava como operário e tinha feito parte de grupos musicais inexpressivos.

Em 1965, decidiu criar uma banda com cinco dos seus nove filhos, o Jackson Five, formado por Michael, Jackie, Tito, Marlon e Randy. O grupo venceu um concurso de talentos em uma escola com a música "My Girl".

O Jackson Five entrou para a história musical do país por ser a primeira banda formada por negros a fazer sucesso. Em 1971, aos 13 anos de idade, Michael gravou um single solo: "Got To Be There", e no ano seguinte lançou o disco "Ben". Dois anos depois, destacou-se com "Music and me". Em 1975, os irmãos mudaram o nome do grupo para "Os Jacksons".

Michael lançou o seu primeiro álbum sozinho "Of The Wall" em 1978. Em 1982, lançou "Thriller" com produção de Quincy Jones. O álbum foi um dos mais vendidos no mundo (é um dos recordistas de venda até hoje) e o astro ganhou oito prêmios Grammy de uma só vez. Em 1984, gravou o disco "Victory", com os seus irmãos, e participou da música "We Are The World" com outros artistas, em ajuda ao povo africano.

A vida pessoal de Michael Jackson gerou especulações de que ele fazia cirurgias plásticas para mudar a fisionomia e a cor da pele, apesar do cantor alegar ter vitiligo (doença que causa manchas no corpo). Michael comprou um rancho na Califórnia que chamou de "Neverland" (Terra do Nunca), com parque de diversões e um minizoológico.

Afastado das produções musicais, o artista passou a trabalhar, em 1986, com os cineastas George Lucas e Francis Ford Coppola, o que lhe rendeu um filme que foi exibido até 1998 nos parques da Disney. Em 1987, gravou o disco "Bad", que alcançou apenas a metade das vendas de "Thriller".
Em 1992, acabou sua parceria com Quincy Jones e lançou "Dangerous". A canção "Black or White" foi elogiada pela qualidade, mas o clip foi criticado pelas cenas de violência.

NO ano seguinte, foi acusado de molestar um garoto de 13 anos em seu rancho, mas foi inocentado por falta de provas. Para recuperar a imagem, em 1994 Michael se casou com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley, mas o relacionamento durou apenas 19 meses.
Em 1995, lançou dois CDs chamados "HIStory: Past, Present and Future, Book 1". NO ano seguinte, Michael casou-se com a enfermeira Debbie Rowe, com quem teve dois filhos.

De volta às gravações, em 2001 Michael Jackson lançou "Invencible" e, em 2003, "Number Ones". "The Ultimate Collection", lançado em 2004, trazia quatro CDs e um DVD, reunindo os grandes clássicos da carreira de Michael, além de músicas inéditas, apresentações ao vivo, duetos e trilhas sonoras. Mas o que continuou em evidência foram as acusações de pedofilia feitas contra o astro, que respondeu processo e foi inocentado em 2005.

 

- MPB

• Gilberto Gil

 
Inventivo e livre ao elaborar suas canções, Gilberto Passos Gil Moreira, um dos maiores nomes da música popular brasileira, é um verdadeiro sincretismo musical. Transitando entre o baião, o funk, o rock, o afoxé, o samba, o reggae, o pop e a bossa nova, suas composições, de grande riqueza rítmica e melódica, mesclam a modernidade da vida urbana, como a tecnologia, aos elementos da cultura popular brasileira, como o carnaval, a religiosidade e a cultura africana, sem deixar de cantar o amor e a amizade. Nascido em Salvador, na Bahia, passou seus primeiros oito anos de vida em Ituaçu, em meio à banda local, aos sanfoneiros, aos cantores e violeiros, à música de Bach e Beethoven e de grandes ídolos do rádio, em especial Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Em Salvador, formou-se em Administração de Empresas e conheceu, em 1963, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Tom Zé, com quem se apresentou em público pela primeira vez com o show "Nós, por Exemplo", no Teatro Vila Velha (1964). Formado, conseguiu um estágio na Gessy Lever e mudou-se para São Paulo. Em 1966, concorreu como compositor no I Festival Internacional da Canção, da TV Rio, com "Minha Senhora", na voz de Gal, e no II Festival de MPB, da Record, com "Ensaio Geral" (classificada em 5ª lugar), cantada por Elis Regina. Em 1966, Elis Regina gravou "Louvação". Com o sucesso da música, foi convidado a gravar seu primeiro LP, "Louvação", e abandonou a carreira de administrador. Influenciado pelos fenômenos da contracultura, pelo psicodelismo dos Beatles, pela montagem de "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade, dirigida por José Celso Martinez Corrêa, e pelos filmes de Glauber Rocha, iniciou o movimento tropicália, cujo deboche e irreverência revolucionaram a música popular brasileira. Durante o III Festival de MPB da TV Record, em 1967, com "Domingo no Parque" (cantada com os Mutantes), causou polêmica e obteve o 2ª lugar. Ao lado de Caetano Veloso, Gal, Rogério Duprat, Torquato Neto e os Mutantes lançou o disco "Tropicália ou Panis et Circensis" (1968). Com o Ato institucional número 5, foi preso e obrigado a exilar-se. Depois de passar dois meses na prisão, gravou "Aquele Abraço" e partiu para Londres (1969), onde lançou o disco "O Sonho Acabou". Regressou ao Brasil em 1972, quando surgiu "Expresso 2222", "Refazenda" (1975), "Os Doces Bárbaros" (1976), "Refavela" (1977), "Refestança" (1977), "Realce" (1979), revisitou a tropicáilia com Caetano Veloso, em "Tropicália II" (1993), gravou "Unplugged" (1994) e "Quanta" (1997). Gilberto Gil foi premiado com o Grammy na categoria de World Music em 1999, com o disco "Quanta Gente Veio Ver".


 

- Jazz

• Ella Fitzgerald


Aos 16 anos, em 1934, Ella Fitzgerald foi apresentar um número de dança no programa de calouros "Amateur Night Show". Por sorte, ficou com medo ao se ver no palco do Teatro Apollo - o mais importante do Harlem, em Nova York. Ali foram lançados grandes nomes da música americana, como James Brown e Michael Jackson. Com as pernas paralisadas, Ella preferiu cantar.

O sonho de garota era ser bailarina e não acreditava nas qualidades incomparáveis de sua voz única, um prodígio de afinação com condições de alcançar três oitavas. Em pouco tempo, a menina pobre, filha de uma lavadeira, passou a ser a "Rainha do jazz" e a "First lady of song" (primeira dama da canção). Ela influenciou o estilo bebop com o scat, técnica de improvisar cantando apenas os sons e não palavras. Apesar de sua infância difícil, Ella cantava com uma alegria contagiante.

Após levar o primeiro prêmio daquele concurso, Ella sofreu preconceito por parte do gerente do Apollo, que a considerava muito feia para merecer destaque. Foi contratada pelo baterista Chick Webb como cantora titular de sua orquestra, uma das mais populares da época do swing. Seus primeiros sucessos foram "Rock it for me", "A-Tisket, A-Tasket", "My Heart Belongs to Daddy". Apesar de convites, Ella permaneceu fiel a Webb até sua morte, em 1939, quando assumiu a liderança da banda que se desfez em 1942.

Na década de 1940, Ella gravou com os melhores grupos vocais da moda e com figuras do porte de Louis Jordan e Dizzy Gillespie, o líder do bebop. Seus três álbuns em parceria com Louis Armstrong são considerados clássicos do jazz.

Nos anos 1950, sob a orientação do empresário Norman Granz, mudou o repertório para as baladas escritas por George Gershwin, Cole Porter e Irvin Berlin. O brasileiro Tom Jobim também estava entre seus autores preferidos. Ella continuou a participar de duetos com estrelas do jazz, como Duke Ellington, Oscar Peterson e Count Basie.

Ella se dedicou a longas turnês norte-americanas e internacionais. Em 1957 sofreu sua primeira crise de estresse. Mal se recuperou, voltou à estrada com mesmo ritmo de apresentações. Mas, em 1965, teve outra crise nervosa. A partir de então, passou a reduzir a agenda de shows. Depois de 1975, o diabetes começou a lhe impor uma vida mais tranqüila. Em 1993, teve suas pernas amputadas devido à doença.

A saúde foi o único motivo capaz de afastá-la dos palcos e estúdios. Por toda sua carreira, manteve o mesmo nível de popularidade até morrer aos 78 anos.


 

- Hip Hop

• Racionais
 
Um dos principais grupos de rap e hip hop brasileiros, surgiu no final da década de 80 na periferia de São Paulo com um discurso contra a opressão às populações marginalizadas nas grandes metrópoles brasileiras. A primeira gravação foi em 1988, na coletânea "Consciência Black". Dois anos depois, o primeiro disco solo, "Holocausto Urbano" levou o grupo a fazer uma série de shows pela Grande São Paulo, tornando-o mais conhecido. Em 1991 abriram para o show do grupo norte-americano Public Enemy, um dos pioneiros e mais famosos grupos de hip hop. A partir de 1992 os integrantes dos Racionais passaram a desenvolver um trabalho voltado para comunidades pobres da periferia, fazendo palestras em escolas sobre drogas e violência policial, racismo e outros temas. Combativos, em suas letras procuram passar uma postura até mesmo agressiva contra a submissão e a miséria, usando a linguagem da periferia, com gírias e expressões típicas. No final de 1994 um show no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, acabou em confusão e quebra-quebra quando os integrantes do grupo foram presos pela polícia sob acusação de incitação à violência. A violência policial é um dos temas mais constantes nas letras dos Racionais. O disco "Sobrevivendo no Inferno" levou o sucesso do grupo a um outro patamar, alcançando a marca das 500 mil cópias vendidas. No entanto, o conjunto adota uma postura dúbia em relação à mídia e à indústria fonográfica, que dizem ser parte do sistema que combatem. Algumas músicas dos Racionais são "Fim de Semana no Parque", "Pânico na Zona Sul"; Mulheres Vulgares", "Hey Boy", "Diário de um Detento", "Fórmula Mágica da Paz", "Homem na Estrada". A formação do grupo é com Mano Brown, Edy Rock, Ice Blue e Kl Jay.

- Funk

• Tim maia (1933-1998)


Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, penúltimo filho em uma família de 19 irmãos, ficou conhecido como o síndico da Música Brasileira. Chegava e botava ordem, se bem que não gostasse muito de cumpri-las. Uma de suas características mais conhecidas, depois da voz grave e afinada, era a de faltar aos shows.

Tim começou a carreira junto com Roberto e Erasmo Carlos formando no Rio de Janeiro, em 1957, o grupo Sputniks. Depois de uma estada de seis anos nos Estados Unidos, influenciado pela soul music, o cantor definiu seu estilo e voltou com idéias rejeitadas pela Jovem Guarda. Assim, só conseguiu gravar o primeiro disco solo em 1970. E veio cheio de surpresas, estourando sucessos como Azul da cor do mar e Primavera. Estes seriam seguidos de muitos outros: A festa do Santo Reis, Não quero dinheiro (só quero amar), Você, Réu confesso, Gostava tanto de você e Sossego, para citar alguns. A soul music e o funk com tempero brasileiro foi atravessando a década de 80 com mais sucessos como Descobridor dos sete mares e Do Leme ao Pontal. Às vezes o vozeirão de Tim servia às canções mais açucaradas como Me dê motivo, Leva e Um dia de domingo. Com seu eterno bom humor e senso crítico, ele definiria mais tarde sua fórmula infalível. “Metade de minhas músicas é esquenta-sovaco e metade mela-cueca”.

Em determinados momentos da vida chegava a beber três garrafas de uísque por dia, além de usar maconha e cocaína. Por incrível que pareça, isso parece nunca ter afetado sua voz. Não se pode dizer o mesmo de suas relações profissionais. Colecionou desafetos e processos trabalhistas - de músicos contra ele e dele contra gravadoras -, além de renegar publicamente antigas amizades, ameaçar críticos e faltar a shows. Passou anos sem se apresentar na Rede Globo e acusava o todo-poderoso da emissora, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de ser o culpado pelo boicote. Outro conhecido inimigo ele denominava ETA, “Exploradores do Talento Alheio”, formado por empresários e donos de casas de espetáculos.

Ninguém duvida que Tim foi e sempre será um dos mais talentosos artistas da música brasileira. No dia 8 de março de 1998, ao cantar a primeira música em um show no Teatro Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro, sofreu um edema pulmonar seguido de parada cardiorrespiratória. Ficou internado no CTI do Hospital Antônio Pedro durante sete dias e faleceu no dia 15, de infecção generalizada, aos 55 anos. Em sua eterna ironia, ele se definiu com uma frase que entraria para a História: “Não fumo, não bebo e não cheiro. Meu único defeito é que minto um pouco”.

- Blues

• Muddy Waters 


Muddy nasceu em Rolling Fork, no Mississipi e veio a aprender a tocar violão com 17 anos sendo, até então, influenciado por dois grandes nomes do Delta Blues, Robert Johnson, o mito, e Son House, um dos maiores músicos do gênero. McKinley Morganfield era seu nome verdadeiro, pois que Muddy Waters viria a se tornar o nome artístico do bluseiro, nome que lhe deu a honra de se tornar um dos mais famosos músicos de Blues da história. Após a Segunda Guerra, mudou-se para Chicago, seguindo muitos outros negros da área rural.

Diz-se também do homem que primeiramente tocou de forma brilhante uma guitarra elétrica, inspirando novos artistas que viriam após seu tempo, como Jimi Hendrix, Santana, Rolling Stones e outros. Mudou-se para a Inglaterra pois na América do Norte já pouco se valorizava o R&B. Na Inglaterra foi semente para bandas de rock n roll que surgiam no começo dos anos 60 e até mesmo 70. É verdade que a banda Rolling Stones foi nomeada com o nome de uma das maiores musicas de Muddy, assim como a famosa Like A Rolling Stone de Bob Dyalan se tornaria mito na era Beatnik.
Foi nomeado na década de 60 por B.B King como o Buda Negro, pois satirizando alguns conceitos filosóficos, BB King dizia que Muddy era o mais sábio dos homens.
Muddy Waters foi unanimidade no Blues da década de 40 e 50 fazendo as gravações de Gypsy Woman, Rolling Stone, Walking Blues, Mannish Boy, They Call Me Muddy Waters e a grande Baby Please don’t go, já gravada por AC/DC, Budgie, Paul Butterfield Blues Band, Howlin Wolf e recentemente gravada pelo Aerosmith.
Não há dúvidas de que Muddy foi um dos maiores nomes do Blues ao lado do mito Robert Johnson, B.B King, Son House, Albert King, Sonny Boy Williamsom I e até mesmo Johnny Winter.
Muddy passou a segunda metade da década de 50 até a década de 70 sem muito destaque na mídia. Voltou a gravar no começo da década de 70 e faleceu em 1983, deixando uma nova era de jovens a seguir os passos do Muddy Herói.